Vice da FIA Carlos Gracia defende Ferrari e diz que não haverá punição
Se depender do vice-presidente da FIA, o espanhol Carlos Gracia, a Ferrari não receberá nenhuma punição pela ordem dada a Felipe Massa para deixar Fernando Alonso ultrapassá-lo no GP da Alemanha. Ele defende a legalização desse procedimento.
“Que a infração da Ferrari existiu, é algo evidente. Dito isso, minha opinião é a de que as ordens de equipe deveriam estar permitidas na Fórmula 1, e em qualquer outra modalidade”, declarou Gracia ao jornal espanhol As.
Questionado se a Ferrari deverá sofrer mais alguma sanção após a reunião do Conselho Mundial, Gracia foi enfático: “Estou seguro que não. Os comissários decidiram enviar o caso ao Conselho, mas não acontecerá nada. A Ferrari já assumiu a culpa e não quis apelas, então o caso está encerrado”.
Por interferir no resultado do GP da Alemanha, a Ferrari levou uma multa de US$ 100 mil. O caso ainda será estudado no Conselho Mundial. A Ferrari quebrou a regra 39.1 do regulamento da FIA, que afirma que “ordens de times que interfiram no resultado de uma corrida são proibidas”.
“É evidente que este é um esporte de equipe e que o melhor colocado deve ter o direito de receber ajuda de seu companheiro”, avaliou o dirigente, contestando o regulamento da FIA.
Para Gracia, a única restrição às ordens de equipe deve ser no sentido de que elas não prejudiquem a terceiros: “As ordens devem servir para esclarecer situações internas dentro de uma escuderia. Quando uma equipe dá ordem para um piloto frear um concorrente para beneficiar o companheiro, aí sim deve ser penalizada”.
Gracia, que também é presidente de federação espanhola de automobilismo, entendeu que a decisão da Ferrari foi a mais correta. “Estava claro que Massa andava mais lento que Alonso, e não seria estranho se Vettel ameaçasse a vitória da equipe. E foi evidente que Alonso chegou sem problemas até o companheiro, mas o que ocorre é que ultrapassar é bem difícil com carros idênticos”, explicou.
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