Rodas dos carros de F1 serão presas com cabos de aço em 2011
O número de cabos de aço que prendem as rodas ao corpo do carro deve dobrar na próxima temporada para aumentar a segurança.
Na atual temporada, dois acidentes em que as rodas se soltaram já aconteceram: com Sebastien Buemi, nos treinos livres do GP da China, quando a suspensão da Toro Rosso do suíço se rompeu, e com Vitantonio Liuzzi, que após bater no muro de proteção durante uma sessão de sexta-feira em Hockenheim, perdeu uma das rodas que cruzou a pista à frente de Timo Glock.
Apesar dos pilotos terem saído ilesos nestas duas oportunidades, um acidente fatal aconteceu pelo mesmo motivo em 2009 na F-2, quando uma roda solta de um carro que estava à frente atingiu a cabeça de Henry Surtees.
"Os cabos de aço são uma grande preocupação para nós. Nós tivemos um incidente trágico no ano passado com Henry Surtees, e nós vemos rodas voando de carros de F-1 com mais frequência do que gostaríamos e do que as regras pretendiam quando os cabos foram introduzidos. Eles estão funcionando, mas não são confiáveis o bastante", afirmou Paddy Lowe, diretor de engenharia da McLaren.
O dirigente explicou que o Grupo de Trabalho Técnico já está estudando medidas para serem adotadas para 2011.
"Vamos introduzir um segundo cabo em cada canto. Ao invés de tentar fazer com que cada cabo seja 100% confiável, nós descobrimos que quando eles não funcionam é porque foram cortados por alguma razão que tem a ver com a natureza do acidente. O que achamos é que se existirem dois independentes, então aumenta drasticamente a probabilidade de pelo menos um sobreviver", explicou.
Os cabos de aço que prendem as rodas são obrigatórios desde 1999 depois de um acidente que envolveu praticamente todo grid no GP da Bélgica de 1998.
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